Crítica: Procurando Dory

Gostei tanto de Procurando Nemo, em 2003, que fui ao cinema várias vezes quando foi lançado. Até assisti em espanhol, inglês e português pra ver as diferentes vozes escolhidas em cada idioma. Gostei de tudo na história e, obviamente, me apaixonei pela Dory (Ellen DeGeneres). Por isso estava tão animada para ver Procurando Dory, depois de longos 13 anos de espera! E, já adianto, não me decepcionei!

O filme se passa um ano após Nemo (Hayden Rolence) ter sido encontrado e Dory começa a se lembrar de sua família e resolve que vai procurar seus pais. Marlin (Albert Brooks) e Nemo resolvem ajudá-la mas ela acaba se perdendo do grupo.

Diferentemente do anterior, em que a busca por Nemo se deu ao longo dos oceanos, em Dory a maior parte da história se passa dentro do Instituto de Vida Marinha. Lá ela conhece o hilário e mal-humorado polvo Hank (Ed O’Neill), que se torna seu guia. Ao longo do filme Dory tem flashbacks e lembra de fragmentos de seu passado, inclusive de seus pais (Diane Keaton e Eugene Levy).

A mensagem de Procurando Dory é, na minha opinião, mais bonita e profunda do que a do filme anterior. Neste filme, os personagens aprendem a aceitar suas diferentes características e a encontrar soluções sempre que estão em situações nas quais não parece haver saída. A pergunta “O que a Dory faria”? se repete ao longo do filme justamente para nos mostrar que a Dory, aquela personagem que não faz planos, não se organiza e não sabe direito as consequências das suas atitudes em razão da perda de memória recente, sempre consegue enxergar uma solução e vê o lado positivo das coisas (“continue a nadar…”).

Há bastante comédia na história mas também há momentos tristes (ouvi gente chorando no cinema…). Apesar destes momentos mais sérios, acredito que o público infantil vai se encantar com a história da Dory. E o público não tão infantil, como eu, no alto dos meus 28 anos, mas fã da Disney/Pixar, também vai sair do cinema com um sorriso no rosto.